Quando a gente pensa em como definir o que é a Paternidade Responsável, precisamos primeiramente entender que se trata de 1) um comprometimento afetivo, 2) um movimento evolutivo, e 3) uma mudança de comportamento social. Esses impactos positivos sobre exercer com amor e responsabilidade a paternidade (ou ‘paternidade ativa’), já são estudados e divulgados pela Unicef – confira aqui o Guia da Paternidade Ativa. Entre muitas informações, o guia afirma que crianças que tem um pai participativo apresentam mais autoestima, responsabilidade e comprometimento, melhor desempenho escolar, mais segurança e habilidades sociais e, no caso dos meninos, maior probabilidade de dar continuidade ao movimento.
Algumas dicas de como ser um pai ativo, segundo a Unicef:
– Ter uma relação afetuosa e incondicional com seu filho;
– Manter uma relação que vá além do provimento financeiro;
– Participar dos cuidados diários e da criação do seu filho, dando comida, ajudando-o a se vestir, colocando-o para dormir e ensinando-o;
– Promover um vínculo carinhoso, de apego mútuo e de proximidade emocional com seu filho;
– Compartilhar com a mãe as tarefas de cuidados com o filho e com a casa;
– Estar envolvido em todos os momentos do desenvolvimento do seu filho: gravidez, nascimento,
primeira infância, infância e adolescência;
– Incentivar o desenvolvimento de seu filho: lendo histórias, cantando e/ou colocando música, apoiando-o em trabalhos de casa e brincando com ele.
Tudo isso pode ser realizado sendo o pai casado com a mãe da criança ou não. O que realmente faz a diferença é que ambos cheguem a um acordo diante das principais questões de criação do filho. Diz o guia: “É positivo que os casais e ex-casais aprendam a negociar as decisões de criação de seus filhos. Podemos observar que quando há menos conflitos na relação entre os progenitores, existe uma maior participação do pai na vida da criança.”
Sobre as dificuldades de conciliar a participação ativa na criação do filho com uma eventual carga pesada de trabalho, a publicação indica que pequenos momentos sejam respeitados quando possível. Como pedir permissão no trabalho para participar de alguma atividade escolar do filho, ou levá-lo ao médico, por exemplo. Quando não for possível, é importante se manter informado de tudo o que aconteceu nestas ocasiões. No caso de o pai passar o dia inteiro fora de casa, ele deve garantir que o pequeno tempo que tem com o filho seja de qualidade: priorizando o contato físico e o diálogo e evitando distrações como TV e celular.